Esses dias tenho pensado
Mas aí pensei em qual deles não o faço
Pensar. É muito difícil.
E passar para o papel dói o braço
Ri cara pálida,
da minha penseira
Pois ela que me salvou
Quando não tinha mais brincadeira
E brincadeiras à parte,
me pergunto:
Você não vai olhar para mim
Nem se eu gritasse "eu te amo" de Marte?
Mesa de pedra, coração
Sol nascente, coração
Lua cheia, solidão
Poço fundo, ilusão
Anos atrás, coração
Dias agora, coração
Horas a frente, solidão
Minutos amanhã, ilusão
O que há (de novo), coração?
Me diz agora coração!
Não aguento mais solidão,
ilusão. Aceita minha imaginação.
Me sinto desconfortável
Preciso de um cinto, sinto
Algo que me prenda
De preferência, com rima
Emergindo da vida real
Entrando em escuridão
Pensando em cama de pau
Segurar um lápis na mão
Voar na cabeça pela noite
Abraçar um carneiro pulante
Não econtrei rima pra noite
E pra pulante, só me vem saltitante
Sinto saudade de escrever
de sentir, de rir, de me divertir
criar, misturar, pápápá
Sinto saudade de escrever
de apenas receber aquela luzinha
escrever,escrever,escrever...
sinto fala de você
Acho que encontrei o coelho da Alice
Em um mundo de desespero
E a única verdade que paira no ar é a minha
Dizem que tenho que alcançá-la, mas sou pequeninha
Se eu te chamasse pra ajudar, você vinha?
Pequena: serena, rena
diadema, arena, poema
Atena
Sofrida, ferida, um problema
Por que diabos você
não é a resposta do meu dilema?
Você encontrou monstrenga, aquela enxerida
Então eu volto.
- Moço, uma passagem só de ida.
